Europa cria “minivisto” para turistas de outros países, inclusive brasileiros

Chamado de "minivisto", o Etias visa aumentar a segurança na Europa. As informações cadastradas no sistema serão analisadas em bancos de dados da União Europeia e de órgãos internacionais, para determinar se há razões para o não ingresso do visitante em um país.

Chamado de “minivisto”, o Etias visa aumentar a segurança na Europa. As informações cadastradas no sistema serão analisadas em bancos de dados da União Europeia e de órgãos internacionais, para determinar se há razões para o não ingresso do visitante em um país.

Viajar para a Europa ficará um pouco mais caro e burocrático nos próximos anos. Uma medida aprovada pelo Parlamento da Europa na última semana autorizou a criação do Etias, sigla para Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem em inglês, que visa controlar o ingresso de cidadãos de países que não necessitam de visto para entrada nos países da União Europeia. Hoje o blog da Traduzca explica o que isso significa.

O Etias, que entra em vigor em 2021, funcionará como um banco de dados para cidadãos de países que não necessitam de visto para ingressar em nações da União Europeia, como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão, Nova Zelândia, Israel e Argentina. O turista preencherá um formulário virtual com dados pessoais, informações do passaporte e histórico de viagens anteriores, além de pagar uma taxa de 7,00 € no prazo de 96 horas antes do embarque independentemente de a autorização ser concedida ou não.

Atualmente, os turistas dos países citados anteriormente só precisam apresentar o passaporte válido na chegada ao aeroporto, responder algumas perguntas sobre o motivo da viagem e apresentar o comprovante de seguro-viagem e de garantias financeiras para a estadia. Se tudo estiver correto, é concedido um visto de entrada válido por até 90 dias, permitindo a livre circulação pelas nações membros do Espaço de Schengen.

Chamado de “minivisto”, o Etias visa aumentar a segurança do bloco europeu. As informações cadastradas no sistema serão analisadas em bancos de dados da União Europeia e de órgãos internacionais, como a Interpol, para determinar se há razões para o não ingresso do visitante em um país. Entre os motivos que podem vetar a entrada, estão a presença do nome em uma “no fly list”, lista de pessoas impedidas de voar por envolvimento com terrorismo ou outro crime, suspeitos de atividades criminosas ou terroristas, cidadãos com violações anteriores de imigração na Europa, pessoas que tenham trabalhado sem autorização, permanecido no continente ilegalmente ou que tenham sido deportadas por algum país do Espaço Schengen anteriormente.

O Etias entrará em vigor a partir de 2021, e cidadãos com nacionalidade de um país da União Europeia estão isentos do preenchimento do formulário e do pagamento da taxa.