Com apoio da Traduzca, a Fundação Iberê Camargo recebe a mostra Sombras no Sol a partir de amanhã

Inicia amanhã (11/11), às 15h, a mostra Sombras no Sol, na Fundação Iberê Camargo, que contou com o apoio e serviço de tradução para o idioma inglês da Traduzca. O ponto de convergência da exposição reflete a relação de Iberê com o Rio de Janeiro, com uma fala que expressa toda a subjetividade do artista: “Há muitas sombras no sol”.

iberê camargo

Os curadores Eduardo Haesbaert e Gustavo Possamai elencaram cerca de 40 obras entre pinturas, desenhos, gravuras e documentos do acervo da FIC que retratam um Rio melancólico. Em entrevista para a Rádio Gaúcha, eles falaram sobre o conceito da exposição:

– A partir da subjetividade de Iberê Camargo, um dia ensolarado pode se mostrar sombrio. Isso transcorre por toda a exposição – diz Possamai, responsável pelo acervo da FIC.

Além da frase que norteou a mostra, o texto Recordações do Rio de Janeiro, escrito por Iberê em 1965, que está entre as obras selecionadas para a exposição, consiste em uma reflexão sobre o período em que o artista morou na cidade. “Zombei do Pão de Açúcar, ri da Baía de Guanabara, criação de um Deus acadêmico, e fui buscar minhas cores nos recantos mais humildes, os que não interessam ao turista nem figuram nos cartões-postais”.

“Sombras no Sol” começa com desenhos que Iberê fez do Carnaval de Porto Alegre em 1942 – um símbolo tão arraigado à cultura carioca –  e termina com a pintura Solidão, produzida 52 anos depois, representando sua saída da Capital gaúcha e sua volta a ela. A mostra também traz os documentos que relatam o ataque conservador a uma exposição do Grupo Guignard, na década de 1940, do qual Iberê era um dos integrantes e a censura a uma de suas obras durante o V Salão Nacional de Arte Moderna, em 1956, no Rio de Janeiro.

Com entrada franca, a mostra, que entra em cartaz no sábado, estará aberta para visitação até 14 de janeiro de 2018, aos sábados e domingos, das 15h às 20h.